UNB - DF - 2008 - R1 - 1

Questão 80

Um menino de oito meses de idade foi levado ao pediatra porque sua mãe achava que a criança não estava crescendo e se desenvolvendo como o seu primeiro filho. Revendo a história clínica, observou-se que ele nasceu após uma gestação de baixo risco, com um intervalo entre partos de 36 meses, de parto vaginal, a termo e vigoroso, pesando 2.800 g, medindo 47 cm e com perímetro cefálico de 34 cm. Recebeu alta com 48 horas de vida, amamentando-se exclusivamente ao seio. A partir do terceiro dia de vida, desenvolveu um quadro de icterícia que se prolongou até 30 dias, mas que não foi relacionado pela mãe como importante. Amamentou-se exclusivamente até o sexto mês de vida, quando foram introduzidos outros alimentos, porém a mãe relatou que a criança foi sempre preguiçosa e teve dificuldade para ingerir alimentos, e que evacuava com mais dificuldade que o primeiro filho. Questionada se a criança já engatinhava, referiu que não, que mal conseguia elevar a cabeça quando em decúbito ventral e pouco se arrastava. O olhar da criança era vago, não sorria ou emitia sons, bem como pouco respondia a estímulos sonoros ou visuais, chegando a mãe a achar que ela era surda. No exame físico, a criança pesou 6,5 kg, mediu 60 cm de comprimento e 40 cm de perímetro cefálico, estava apática, pouco respondia aos estímulos, encontrava-se hipotérmica, com pele seca e grossa, cabelos secos e quebradiços, boca entreaberta e aparentando ter uma língua grande, além de apresentar uma hérnia umbilical. Considerando essa situação hipotética, julgue o item a seguir. O diagnóstico de paralisia cerebral por encefalopatia bilirrubínica é compatível com todo o quadro clínico descrito e deve ser comprovado por meio do exame de ressonância magnética do cérebro.
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