PUC-PR - PR - 2009 - R1 - 1

Questão 9

A causalidade é importante na prática clínica, pois ela orienta três atividades clínicas: prevenção, diagnóstico e tratamento. O clínico necessita de respostas para suas questões e precisa saber o grau de confiabilidade dessas informações para a tomada de decisão. A capacidade das informações de pesquisa de direcionar decisões clínicas depende de sua força científica. Os clínicos precisam situar onde as informações se encontram em um espectro de certeza, de uma idéia baseada no raciocínio, na intuição ou na tradição, a evidências fortes de pesquisa. Atualmente, as informações clínicas são classificadas segundo sua força científica, baseando-se nas evidências acumuladas a partir de muitas investigações, ou seja, cada uma delas avaliada em relação ao seu mérito científico. Em relação aos estudos epidemiológicos, considere as afirmações a seguir, que apresentam características de três diferentes desenhos de estudos. Em seguida, assinale a alternativa com a CORRETA correlação. I. Estes estudos são o segundo método na escala de evidenciação científica, sendo menos rigorosos que os estudos clínicos randomizados. Apresentam uma poderosa estratégia para definir a incidência de uma condição clínica, sendo útil também para investigar suas possíveis causas. O risco de viés é aumentado por causa das potenciais diferenças de características entre os participantes expostos e os controles, podendo haver uma busca desigual nos dois grupos, com busca menos intensa no grupo-controle. II. Surgiram com estudos epidemiológicos que buscavam identificar fatores de risco para as doenças. São bons pontos de partida ao gerar e explorar hipóteses causais, especialmente para doenças raras. Estão em terceiro lugar na evidenciação científica. Este delineamento é muito mais fácil e rápido de implementar, pois os desfechos indesejáveis já ocorreram. III. Estudos úteis quando se quer descrever variáveis e seus padrões de distribuição. Não é necessário esperar pela ocorrência do desfecho, fazendo com que sejam rápidos e de baixo custo. São, porém, pouco práticos para estudar doenças raras em amostra de indivíduos da população geral. Estão no degrau mais baixo da escala de evidências.
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