Questão 11

Uma paciente de 65 anos, assintomática, apresenta quadro de hipertensão arterial há 25 anos, controlada com diurético tiazídico. Seus pais são hipertensos. Após a menopausa, houve aumento dos níveis tensionais, sendo necessária a associação com inibidor da enzima conversora de angiotensina e amlodipina em doses adequadas, sem descontinuidade do tratamento. Ao exame clínico observou-se: índice de massa corpórea: 35; PA: 160x 50 mmHg, fundo de olho com alterações vasculares discretas sem papiledema, sopro sistólico em carótida direita, coração com 4ª . bulha, pulsos tibial posterior e pedioso direitos reduzidos, com leve edema de tornozelo. Ao eletrocardiograma, sinais de sobrecarga ventricular esquerda e hipertrofia miocárdica ao ecocardiograma. No exames laboratoriais mostrou: glicemia de jejum 130 mg/DL; creatinina: 1,5 mg/DL; ureia: 60mg/DL; Na: 136 mEq/L; K: 4,2 mEq/L; proteínas totais no soro de 7,4 mg/DL e albumina 3,7 mg/DL; colesterol total: 264 mg/DL; sedimento urinário normal. Podemos afirmar que:

A ) trata-se de paciente renal crônica e necessita tratamento dialítico.

B ) provavelmente tem hipertensão essencial necessitando redução vigorosa de peso como medida inicial. Caso a medida eficaz não surta efeito, pensar em hipertensão renovascular secúndaria a aterosclerose.

C ) a primeira hipótese é hiperaldosteronismo primário, devendo realizar dosagem de aldosterona/renina plasmáticas e tomografia computadorizada de abdomen.

D ) não pode ser afastada a hipótese de hipertensão secundária a feocromocitoma.

E ) pode ser considerado um caso de hipertensão arterial sistêmica em fase de malignização.

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