Questão 96

Uma mulher de 55 anos foi atendida por apresentar sangramento irregular 4 anos após a menopausa, aos 51 anos. Ela nunca teve filhos e tem sobrepeso. Não faz uso de terapia hormonal. Faz exame preventivo do colo uterino anualmente e os resultados eram normais, exceto pelo último, que mostrou anomalias glandulares. Foi encaminhada a realizar ultrassonografia transvaginal que evidenciou laudo de útero levemente aumentado de volume (100 cc), miométrio heterogêneo e espessura endometrial de 7 mm. O ultrassonografista chama atenção para um cisto ovariano de aspecto benigno. Qual a opção que expressa um raciocínio acertado do ginecologista?

A ) A ultrassonografia transvaginal é um método viável para a previsão de hiperplasia endometrial. Em mulheres pós-menopáusicas com espessura endometrial de 5 mm ou menos, estudos têm demonstrado que o sangramento pode ser atribuído à atrofia do endométrio e dispensa a biópsia.

B ) Naquelas com espessura de endométrio maiores que 4 mm, deve-se realizar a biópsia ambulatorial com cureta de Novak inicialmente, e alternativamente, a dilatação e curetagem. A hiperplasia de endométrio pode ser identificada visual e precisamente com a histeroscopia.

C ) Tomografia computadorizada ou ressonância magnética não são necessárias. No entanto, a tomografia pode ajudar a distinguir um câncer endometrial do cervical. Nestes casos, o conhecimento prévio de doença intra-abdominal pode ser útil na orientação do tratamento.

D ) Ocasionalmente, uma massa anexial pode ser encontrada no exame. Embora este provavelmente é um cisto de ovário benigno, quaisquer tumores sólidos à ultrassonografia transvaginal deve levantar a possibilidade de um tumor de células da granulosa, que pode resultar em um risco elevado para hiperplasia ou carcinoma endometrial.

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